Ainda dá tempo, Jesus te ama!

Evandro escritas

A obediência esperada por Deus (Mt. 21: 28-32)

A parábola dos dois filhos
²⁸ E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha.
²⁹ Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi.
³⁰ Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.
³¹ Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.
³² Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanose meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.

1. Como tem sido a nossa obediência diante as determinações de Deus?

Enquanto meditava na palavra ministrada por Deus em meu coração, referente à obediência, Deus me trouxe a parábola dos dois filhos, em que um pai da ordem à um filho e ele diz que fará, porém não o faz. Da mesma forma faz ao segundo filho, o mesmo nega que irá fazer, mas sente em seu coração o arrependimento e obedece ao seu pai.

Muitas vezes nós recebemos ordens simples de Deus, missões fáceis de serem cumpridas e aceitamos fazer, na empolgação, no entusiasmo, mas quando passa, realmente não realizamos.

Outras vezes, ficamos com alguma dúvida, com algum medo, nos sentimos incapazes e dizemos não, mas somos convencidos pelo Espírito Santo de Deus que habita em nós a realizar aquela tarefa.

Enquanto meditava nesta parábola, Deus me trouxe mais duas pessoas para meditar: Jonas e Noé.

Jonas é o profeta que todos conhecem como fujão ou covarde.

É aquele que Deus ordenou que profetizasse contra a cidade de nínive, para que ela se arrependesse dos seus maus caminhos e se convertesse aos caminhos do Senhor seu Deus, do contrário, morreriam.

No entanto, o profeta ao invés de cumprir a ordem de Deus, decidiu fugir para outra cidade (Tarsis), como forma de sair de perto do seu propósito determinado por Deus e para que Deus não “soubesse” onde ele estava.

Como todos sabem, nada dos planos de Jonas dá certo e ele acaba por realizar a missão determinada por Deus.

De outro lado, Deus me trouxe também Noé, um homem “justo e integro” (Gn 6:9), um homem que achou graça diante do Senhor.

Noé foi um homem que teve uma fé tão grande em Deus que foi obediente por muito tempo mesmo diante de todas as adversidades enfrentadas por aquele mundo.

Para quem não sabe, a terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência, todo o ser vivente havia  corrompido o seu caminho na terra.

Entendo que é difícil imaginar um mundo pior do que o que vivemos hoje, onde há estupros, mortes, assassinatos, traições, distorções da palavra de Deus, corrupção familiar, destruição da família, promiscuidade, prostituição, abominação (Lv 18:22), falta de empatia, falta de amor ao próximo, violência exacerbada, falta de caráter, entre muitas outras maldades que acontecem no dia a dia.

Mas tente imaginar, um momento em que o próprio Deus, aquele que é misericordioso, decide destruir tudo (Gn 6:13).

Se você ler bem, em diversas passagens vemos que as pessoas são poupadas e Deus tenta salvá-las, veja os descendentes de Jacó, que viveram escravos no Egito por mais de 400 anos, sofrendo todo o tipo de maldade e corrupção.

O próprio Deus deu esse tempo para que os egípcios se arrependessem dos seus maus caminhos, porém, não aceitaram.

Deus é misericordioso irmãos, mas também é muito justo.

Mesmo com tudo isso acontecendo, mesmo com todos os caminhos mais fáceis que Noé poderia ter seguido, ele fez tudo o que Deus lhe ordenada (Gn 6:22).

Meditanto nessas partes, em específico, Deus me trouxe muito sobre a obediência, como temos seguido os mandamentos de Deus? Será que temos seguido qual dos dois filhos da parábola? Qual profeta temos seguido? Jonas ou Noé? Primeiro ou segundo?

Então, Deus me trouxe que temos duas opções de obediência: a parcial (que ainda é desobediência) e a total.

2. Formas de obediência

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Complementando o tópico anterior, Deus me trazia que temos seguido algumas formas de obediência, uma que o agrada, outras não.

Temos recebidos ordens/mandamentos de Deus e realizado à vontade d’Ele de forma parcial, seja por interesse nosso, seja por termos medo, preguiça, receio.

Mas sim, por vezes fazemos a sua vontade completa/total, conforme nos tem determinado.

3. Obediência parcial

Noutro momento, ao preparar a palavra, Deus me trouxe mais pessoas da bíblia para exemplificar este tipo de obediência.

Primeiro, me foi revelado Abraão e Sara.

Em determinado momento, em que Abraão está em Gerar com todos os seus bens e família.

Naquela época, era muito comum que as pessoas matassem o marido para ficar com a esposa, pois eles não poderiam cometer o pecado do adultério, mas poderiam cometer o do homicídio (veja sobre os 10 mandamentos no livro de Êxodo 20), seria uma ponderação em qual seria mais benéfico.

Seria como se fizessemos uma avaliação: faço isso e compenso com aquilo (como se tudo fosse resumido em receitas e despesas).

E quando Deus me ministrava essa parte, ele me dava o entendimento e discernimento sobre uma obediência condicionada à nossa vontade/interesse.

Há momentos em que vamos ser obedientes desde que seja conveniente para nós.

Como assim?

Vamos matar Abraão e pegar a mulher dele, assim ela será viúva e não cometeremos pecado, compensando um mandamento por outro, cumprindo um e outro não (ficaria no zero a zero, nesse entendimento).

Claro, deixamos de considerar o desejar a mulher do próximo, do mandamento de não matarás, tudo em interesse nosso.

Por vezes Deus nos dá ordens, mas quantas vezes temos seguido tudo no estrito limite e na amplitude que ele nos tem determinado?

“Filho, não faça isso, não faça aquilo!” e fazemos o isso mas não fazemos o aquilo e pensamos que estamos certos?

Quem é o pai ou a mãe que pedindo ao seu filho (a) que lave a louça, seca ela e guarde e, chegando em casa, viu que foi guardada suja (sem lavar e sem secar) e vai se alegrar?

Aqui fica muito claro, sem fazer um, não dará para dar continuidade aos outros (Deus é maravilhoso).

Todas as tarefas mencionadas acima é para um crescimento, é para que seja criada uma disciplina, um aprendizado que vamos carregar pelo resto da vida.

Agora, imagina, se nós, humanos e falhos, desconhecedores do amanhã, temos ciência que precisamos que nosso filho/filha saiba de algo para o que há de vir, imagina nosso Senhor e salvador? Teria ele menos razão em nos determinar algo?

Mas não foi só essa que Deus me trouxe, foi me ministrado outra parte: Saul.

Saul foi aquele rei ungido a pedido do povo.

Em um momento de fraqueza, as pessoas não queriam mais ser governadas por Deus e pediram para ter um rei, assim como todas as outras nações tinham, então Deus determinou a unção de Saul.

Em determinado momento, Saul iria pelejar contra Amaleque.

Deus determinou a vitória na batalha, no entanto, fez algumas determinações que Saul deveria obedecer:

1 Samuel 15

A desobediência de Saul e a sua rejeição
¹ Disse Samuel a Saul: Enviou-me o Senhor a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; atenta, pois, agora, às palavras do Senhor.
² Assim diz o Senhor dos Exércitos: Castigarei Amaleque pelo que fez a Israel: ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito.
³ Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.

Dentre todas as coisas, Saul deveria destruir tudo o que tivesse lá, não poderia poupar nada.

Porém, Saul não obedeceu a Deus, não ouviu suas instruções, fez o que pensava ser certo aos seus olhos, seguiu somente aquilo que lhe interessava, poupou Agague (rei dos amalequitas) e o melhor das ovelhas, dos bois, dos animais gordos, dos cordeiros e tudo o que de melhor havia.

Saul foi desobediente, assim como somos muitas vezes, fez aquilo que parecia bom aos seus olhos, foi seletivo na sua “obediência”, fez o que lhe foi bom aos olhos.

Em uma de suas desculpas, ele utilizou algo que agradava a Deus como motivo de ter mantido bons animais vivos: seriam sacrificados ao Senhor.

Porém Deus se agrada de obediência, tanto que após dizer isto, Samuel diz “tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?”.

E é esta a parte que nos interessa, parte que Deus me deu a trazer e a aprender, quando Deus determinar algo sobre nós, devemos cumprir em sua totalidade, pois Ele sabe de todas as coisas e tem um motivo pelo qual determina que seja feita daquela forma.

Por vezes pensamos que não acarretará em nada ou que não haverá prejuízo para nós, mas uma simples obediência nos evitará de perder as promessas de Deus, de viver o melhor que Ele tem para nós, de termos que passar por algo desagradável que não precisariamos.

Não me refiro aqui somente em questões financeiras, mas muitas vezes em viver em paz, em viver a prosperidade familiar, de amor, de paciência, de mansidão e todas as outras que Deus pode nos proporcionar.

Mas tudo isso deriva de obediência, de aprendizado, de aceitar as coisas de Deus.

A obediência parcial nada mais é do que uma desobediência, como mencionei acima: você, pai ou mãe, patrão ou responsável por outros funcionários, gosta de determinar algo e não seja feito ou que seja feito de maneira parcial?

Podemos usar como desculpa tudo, até a ignorância, mas todo desobediente sabe que fez errado.

4. Obediência total

Entre tudo o dito, chegamos na obediência total, aqui é fácil, é o “sim, sim, não, não” (Mt. 5:37).

Ou você faz o que Deus determina ou você não faz, saiba, o fazer parcialmente é desobedecer.

Mas muito mais que isso, quando determinamos que vamos fazer para Deus, que vamos obedecer aos seus mandamentos e direções, devemos fazê-lo com vontade, com amor.

Já me foi revelado, diversas vezes, Deus requerendo de pessoas que seja feita a obra com amor, que seja feita a sua vontade com amor, com vontade e dedicação.

Aqui, novamente, coloco como exemplo um filho(a), quando um pai/mãe determina uma tarefa a ser feita, não se quer que ele faça de má vontade ou irado, seja porque será realizada de uma maneira mal feita seja porque não será feita como edificação.

As obras de Deus, seja ela qual for, deve ser feita com amor.

Mas você deve estar se questionando: “e o que a obra tem de relação com a obediência?

Simples: as ordens de Deus são referentes a sua obra, ao seu propósito a ser realizado nesta terra.

Pode não parecer, mas é perceptível as pessoas quando você faz algo por obrigação.

Dúvida?

Você nunca viu um filho ou uma filha que está na igreja porque é obrigada a ir? Como está o rosto dela? Será que ela reluz algo bom ou ruim? 

Quando você está de mal humor e faz algo sem vontade, você faz bem feito? Será que aquilo que você teve que fazer para outra pessoa, foi algo que ela se agradou ou ela percebeu que era algo forçado ou feito por obrigação?

Não sei você, mas eu não gosto de receber algo por obrigação, melhor que o mal feito é o não feito.

Se eu, que não consigo saber o que há no interior dos corações, não gosto, imagina o nosso Deus? Que vê tudo, que percebe tudo, que sente tudo?

Quando eu meditava nessa palavra, Deus me trouxe novamente Abraão.

Sim, ele! O Pai da fé.

O momento era aquele em que Deus requer de Abraão o que ele mais prezava: o seu filho.

Deus prova a obediência e a fidelidade de Abraão (Gn 22:2).

² Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.

Pra quem não sabe, Abraão e Sara, por anos e anos, sonharam e oraram por um filho.

E, certo momento de sua vida, após ter seu desejo atendido por Deus, lhe é requerido que seja seu único filho oferecido em holocausto.

Em momento algum da bíblia Abraão diz não, ou se revolta contra Deus, ou até mesmo pede misericórdia.

Nos próximos versículos você vê que ele faz o que o Senhor pediu, da maneira que Ele pediu.

Abraão foi obediente. 

Claro, só para desfecho, na hora que ele vai fazer o sacrifício o Anjo do Senhor lhe chama e dá ordem para que pare, pois havia provado que ele era temente ao Senhor.

Mas o que Deus me trouxe para dizer sobre esta parte era: obediência total.

Muitas vezes a nossa carne vai nos influenciar a fazer de maneira errada, em não seguir o que nos foi determinado ou fazer de maneira incompleta.

Eu sei que é difícil, muitas vezes Deus me mandou fazer algo e eu simplesmente não fiz, me arrependo muito, mas foi de um grande aprendizado para situações posteriores.

E, além da obediência à Deus, temos que ter o discernimento de que devemos fazer com amor. 

Fazer o que Deus determinou com vontade, sem ir contrariado.

Este é o segredo: fazer bem feito, de maneira completa e, ainda, com amor.

5. Nosso modo Jonas de ser

Por fim, Deus ministrava sobre o meu modo Jonas de ser: fujão ou julgador.

Muito além de não fazer, Deus me trouxe o conhecimento de que muitas vezes não fazemos por não acreditar que uma pessoa pode mudar, julgamos elas.

Como assim?

Eu tenho um colega que é ateu e diversas vezes Deus me mostrou algo sobre ele.

Eu realmente pensava que não tinha jeito e que ele nunca mudaria, até porque ele falava muito contra Deus.

No fundo, o que eu não entendia, é que ele queria que provassem que Deus existe.

E assim o próprio Deus o fez, mas não darei detalhes por ser muito pessoal.

Quando Deus ministrava isso em meu coração, ele me trazia que é mais fácil salvarmos as pessoas que estão fora da igreja (os ninivitas) do que as pessoas que ultimamente estão dentro da igreja, pois estes estão carregados com dogmas religiosos, preconceito, orgulho, soberba e falta de vontade de se arrepender do quem tem feito e julgado.

Quantas vezes Deus tem tentado tornar as vidas das pessoas de dentro da igreja melhor mas elas não tem abandonado esse sal exacerbado que há nelas? Não tem liberado perdão? Não tem aceitado esquecer coisas que Deus já esqueceu?

Muitas vezes estamos nos esquecendo de onde Deus nos tirou, que só estamos ali (fora da lama) pois Ele foi responsável por nos tirar de lá.

Sim, nós somos aquela ovelha perdida das 100 ovelhas.

Saiba que todas as pessoas podem ser salvas, depende das suas escolhas, de receberem Jesus como seu salvador, não fique julgado as pessoas que estão perdidas ainda, pois pode ser que esse perdido seja você há um tempo atrás.

Esse perdido que você julga pode ser eu, em meus anos de revolta, de ignorância, de “liberdade”.

Deus é misericordioso, lembre-se disso.

E, por fim, relembro a vós, irmãos, que muitos publicanos e meretrizes nos precederam no reino de Deus.

Não pense que você é a vela mais iluminante, o diamante mais forjado, o ouro mais brilhante, a última bolacha do pacote.

Deus nos ama de maneira igual.

Fique com essa palavra: Seja obediente à Deus com amor (vontade).

A Paz esteja convosco!

Até a próxima.

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